O que não devemos fazer com nossos filhos na hora das refeições
O pediatra Ary Lopes Cardoso, chefe de nutrição do Instituto da Criança da USP, recebe centenas de mães por ano que relatam como é a hora da refeição na casa delas. Com toda essa experiência, ele lista os equívocos mais comuns:
Forçar
É a melhor maneira de deixar a criança traumatizada e associar más lembranças a um alimento ou ao horário da refeição. Se estiver preocupada e nervosa a ponto de fazer isso, terceirize o momento da alimentação (para o pai ou a babá) até se sentir mais calma.
É a melhor maneira de deixar a criança traumatizada e associar más lembranças a um alimento ou ao horário da refeição. Se estiver preocupada e nervosa a ponto de fazer isso, terceirize o momento da alimentação (para o pai ou a babá) até se sentir mais calma.
Barganhar
“Só mais uma colherada, vai?!” Frase típica, qual mãe nunca a pronunciou? Ou, então: “Experimente outra vez”, sendo que ele já testou e reprovou a comida nessa refeição. Não são argumentos produtivos, que estimularão a criança a se alimentar mais ou que a encorajarão a devorar algo que ele já disse que não quer. Valorize a quantidade que ele conseguiu comer e insista no alimento rejeitado, mas em outro dia.
“Só mais uma colherada, vai?!” Frase típica, qual mãe nunca a pronunciou? Ou, então: “Experimente outra vez”, sendo que ele já testou e reprovou a comida nessa refeição. Não são argumentos produtivos, que estimularão a criança a se alimentar mais ou que a encorajarão a devorar algo que ele já disse que não quer. Valorize a quantidade que ele conseguiu comer e insista no alimento rejeitado, mas em outro dia.
Chantagear
Comida não é moeda de troca, portanto, nada de disparar frases como: “Se você comer isso, a gente faz aquele passeio que você quer ou eu compro mais um brinquedo para você”. Ao usar essa tática, você será a pior refém dela e seu filho sempre vai querer uma recompensa por algo que deveria ser natural (alimentar-se).
Comida não é moeda de troca, portanto, nada de disparar frases como: “Se você comer isso, a gente faz aquele passeio que você quer ou eu compro mais um brinquedo para você”. Ao usar essa tática, você será a pior refém dela e seu filho sempre vai querer uma recompensa por algo que deveria ser natural (alimentar-se).
Brincar
Nada de ficar tentando distrair a criança para que ela “colabore” na hora de comer. Esse momento deve ser tranquilo, sem muitos estímulos (televisão ou tablet na mesa, nem pensar), de forma que o foco das atenções seja a comida.
Nada de ficar tentando distrair a criança para que ela “colabore” na hora de comer. Esse momento deve ser tranquilo, sem muitos estímulos (televisão ou tablet na mesa, nem pensar), de forma que o foco das atenções seja a comida.
Substituir
Internamente, você até pode pensar: “Coitado, não almoçou nada, vou dar uma mamadeira para ele”. Mas é melhor nunca fazer! Isso impedirá que seu filho cresça, se desvincule da mamadeira e aceite novas formas de se alimentar.
Internamente, você até pode pensar: “Coitado, não almoçou nada, vou dar uma mamadeira para ele”. Mas é melhor nunca fazer! Isso impedirá que seu filho cresça, se desvincule da mamadeira e aceite novas formas de se alimentar.