Cirurgia Robótica é o Futuro da Medicina
O mundo contemporâneo vem trazendo muitas novidades, mas uma que certamente irá chamar a sua atenção são as cirurgias robóticas, uma promessa que tem dado muito o que falar e que tem trazido muito ânimo para a medicina. Já pensou como seria se você passasse por uma cirurgia onde o cirurgião não fosse um humano? Então, para compreender mais sobre esse assunto, basta continuar nesse post.
A cirurgia robótica já é uma realidade, apesar de nem todas pessoas terem esse conhecimento. A princípio, a ideia pode aparentar ser bastante mirabolante ou até mesmo questionável, mas a realidade é que essa nova modalidade tem muitas coisas positivas para oferecer, tanto para o cirurgião quanto para o paciente, e pode ser interessante que você saiba um pouco mais sobre essas questões.
As máquinas são programadas para realizar determinados feitos pré-estipulados, e justamente por isso a cirurgia por robôs pode ser um grande aliado. Os robôs cirurgiões são muito mais complexos do que você pode imaginar, afinal de contas, estamos falando de vidas humanas nas mãos de robôs, e isso não pode ser tratado como algo simplório, mas um grande avanço tecnológico que exigiu muitos estudos.
A tendência é que os robôs cirurgiões se tornem cada vez mais comuns e mais acessíveis e, claro, que eles também possam estar constantemente se atualizando para melhor atender os pacientes. Inclusive, estão sendo feitos testes em outras máquinas que poderão oferecer ainda mais benefícios. Esse post tem como intuito lhe dar um maior entendimento acerca do assunto, confira!
Robôs Cirurgiões
Aliar a evolução tecnológica a serviço da medicina é a proposta da cirurgia robótica, que vem aprimorando o tratamento de diversas patologias por meio de técnicas e instrumentos de alta precisão controlados por médicos. Nos últimos dois anos, a quantidade de plataformas robóticas no Brasil dobrou. Foram realizadas mais de 30 mil cirurgias, segundo a comerciante destes equipamentos, a empresa H. Strattner.
A expansão desta inovação permite um acesso mais amplo a esse procedimento minimamente invasivo. Apesar dos planos de saúde do país ainda não cobrirem a cirurgia robótica, alguns locais do sistema público, que possuem protocolos de pesquisa, já disponibilizam esse tratamento.
Trazendo benefícios para o médico que a conduz e principalmente ao paciente, garantindo uma rápida recuperação, a cirurgia robótica vem revolucionando a medicina por meio de condutas padronizadas, estatísticas precisas e o sucesso dos seus resultados. Estes e inúmeros recursos potencializam cada vez mais a representação da cirurgia robótica como o futuro da medicina.
Vantagens do Cirurgião X Vantagens do paciente
- Para o cirurgião: O robô reproduz os movimentos do médico filtrando tremores e estabiliza os instrumentos cirúrgicos garantindo uma dissecção mais precisa e menor lesão dos tecidos.
Para o paciente: O resultado desta precisão é menos dor, sangramento e risco de infecção.
- Para o cirurgião: A visão do campo operatório pode ser ampliada em até 20 vezes pela microcâmera em uma imagem de alta definição de 360 graus, atingindo locais inacessíveis através da sua mão.
Para o paciente: Menos invasiva, visto que a microcâmera e demais instrumentos necessitam apenas de uma pequena incisão para o desenvolvimento da cirurgia.
- Para o cirurgião: Melhor ergonomia durante todo o processo, o qual o cirurgião executa sentado em um console, evitando possíveis dores e dormências nos braços, pulsos e ombros.
Para o paciente: Tempo de internação reduzido e recuperação mais precoce.
O robô e o cirurgião, quem são?
Apesar da extrema eficácia, o robô mais utilizado na Cirurgia Robótica, denominado Da Vinci, não é autônomo. Ele necessita de todo conhecimento e dos movimentos do cirurgião como referência para realizar cada etapa do procedimento. A inteligência artificial do Da Vinci é capaz de registrar passo a passo da cirurgia para avaliar o desempenho do cirurgião e, consequentemente, o resultado. Caso detecte algum movimento indevido, o robô emite um alerta e bloqueia o processo.
Além de possuir quatro braços, um com a microcâmera e os outros para manipulação dos instrumentos, o robô Da Vinci vem com uma mesa de controle, chamada console, que permite a realização de cirurgias à distância. O cirurgião pode comandar o console em qualquer lugar que esteja, inclusive, em outro país. Porém, essa prática é pouco usada e, geralmente, o cirurgião fica ao lado do paciente para que a segurança sempre seja a premissa básica dos pacientes.
O Robô Star
Ainda uma promessa, outro grande exemplo do avanço tecnológico na medicina é o robô Star, que está em fase de desenvolvimento e foi idealizado justamente para reduzir o tamanho do atual e ser mais autônomo.
O possível sucessor do Da Vinci vem equipado com câmeras 3D de visão noturna e seu banco de dados será capaz de avaliar o paciente e selecionar a melhor técnica cirúrgica para o caso. Outra promessa é que o cirurgião não precisará controlar todos os movimentos do equipamento.
O Cirurgião
Para otimizar os recursos deste instrumento tecnológico, o cirurgião deve passar por quatro etapas de treinamento.
- Estudo de Módulos e Teste Online;
- Simulação com sinalizadores para manuseio do robô;
- Treinamento em Laboratório com animais;
- Monitoração em Clínica com cirurgiões experientes.
O cirurgião brasileiro, Drº Thiago Chulam, especializado em Cirurgia Robótica de Cabeça e Pescoço, ressalta a importância da especialização dos cirurgiões neste segmento que cresce a cada dia mais no país. “A robótica nos permite realizar uma cirurgia de alta complexidade e muita técnica, possibilitando resultados funcionais e estéticos satisfatórios”, disse.
No Brasil, a falta de centros de treinamentos para formação de cirurgiões especialistas em robótica junto ao alto preço da tecnologia para implantação nos hospitais, dificultam o avanço e popularização deste sistema. Ainda assim, o empenho de profissionais brasileiros vem garantindo cada vez mais a adesão destes novos métodos nas clínicas, a fim de proporcionar mais qualidade e excelentes resultados com esta que é a medicina do futuro.